João Vormehlen Junior, baterista da banda Mr. Fear e também
um cara batalhador, meteu as caras e fez acontecer em sua cidade, Nova Trento,
em Santa Catarina o Festival Trento From Hell, que chegou á ter dois dias em
sua programação. Além disso ele ainda organizar diversos eventos de menor
porte. Confira nesta entrevista como ele age, pensa e vive o Heavy Metal em sua .
HM Breakdown: Olá João, obrigado pelo seu tempo e por nos
dar o privilégio dessa conversa. Faça um resumo de você e de suas atividades.
João Vormehlen Junior: Olá, meu nome é João Vormehlen
Junior, ou somente Juninhu sou de Nova Trento- SC. Comecei a trabalhar com
bandas undergrounds em 2007 quando montei a produtora 'Vormehlen Produções',
fiz meu primeiro evento 'Trento From Hell' com oito bandas em Nova Trento - SC,
em 2008 o evento evoluiu para dois dias com 24 bandas incluindo os paulistas do
Torture Squad e Funeral do Paraguai, em 2009 o evento foi transferido pra
Brusque-SC, para que fosse feito junto com o 'Brusque in Flames'' e assim
nasceu o 'Union Metal Devotion' de três dias, com 37 bandas do undeground
nacional, mas só teve uma edição!
Em 2009 fui convidado por Alexandre Ripper 'Bicudo' de
Tijucas-SC, ex-Power Steel para montar o projeto Mr. Fear que já existia desde
2006, foi convidado para tocar junto ao guitarrista Marcos Merizio de Nova
Trento, ex-SabotageN, o baixista Batata de Florianópolis e guitarrista Adriano
de Palhoça, fizemos nosso primeiro show em Porto Alegre, depois Batata e
Adriano saíram pela grande distancia entre os municípios, então convidamos para
abanda, o baixista Alexandre Corsi de Nova Trento, ex-Estilo Neutro, com essa
formação a banda tocou no River Rock 2010 para fazer uma mega tributo ao Ronnie
James Dio, Alexandre Corsi se desligou da banda e entrou no lugar Giovani
Armelini e logo em seguida entrou também o guitarrista Flavio Cavilha
(Soulthern), essa formação tocou no Zoombie Ritual 2011, Alexandre Ripper
deixou a banda e foi convidado o guitarrista Giovanni Tamanini, ex-Wearblack,
para assumir os vocais e a segunda guitarra, essa formação lançou o single “Heavy
Metal” no inicio de 2013, depois Alexandre Ripper voltou para a banda e cantou
em alguns eventos porque o Giovani Tamanini teve que se afastar por causa dos
estudos, Alexandre Ripper, teve que se mudar para Porto Alegre, isso fez a
banda parar por um tempo, mas agora, estamos gravando nosso primeiro álbum, com
a mesma formação do single nas horas vagas, logo sai!
HMB: Como você descobriu que tinha talento para ser
baterista?
João: Meu irmão tocou baixo na banda SabotageN, que agora se
chama Wearblack, e eu ia aos shows deles e a bateria me chamava atenção, mas
outra coisa que me motivou a ser baterista, foi quando conheci o Iron Maiden
quando tinha uns 9 anos, estava vasculhando os CDs do meu irmão e achei uma
capa muito massa, com um monstro e um demônio, era o CD 'The Number Of The
Beast', botei pra tocar o som estava muito alto e me assustei com a introdução
da bateria da música 'Invaders', esse CD tinha os videoclipes das músicas 'The
Number Of The Beast' e 'Run To The Hills?' para assistir no computador, quando
eu assisti Clive Burr tocando senti uma enorme vontade de tocar e até hoje
considero o álbum o melhor da história do Heavy Metal e Clive Burr se tornou
minha inspiração, que descanse em paz.
HMB: A sonoridade do Mr. Fear tem uma aura toda oitentista, isso se deve as influências de todos da banda?
HMB: A sonoridade do Mr. Fear tem uma aura toda oitentista, isso se deve as influências de todos da banda?
João: Isso mesmo, todos da banda temos influencias, iguais e
diferentes ao mesmo tempo. Todos nós gostamos do Heavy Metal oitentista, e esse
é o som que queremos que a banda passe para as outras pessoas! Dizem que soamos
que nem o Judas Priest, isso é um grande elogio.
HMB: E como é o cenário da música pesada em Nova Trento?
João: Nova Trento é uma cidade muito pequena de Santa
Catarina e se falarmos de música pesada existem duas bandas na cidade ativas, o
Mr. Fear e Wearblack, ambas de Heavy Metal, mas isso não me impediu de trazer
as bandas e fazer os eventos acontecerem e até hoje ainda faço, mas agora com
eventos menores!
HMB: Fale sobre os eventos que você organiza.
João: Organizar eventos é algo muito bom, porque não importa
o que aconteça você está difundindo a amizade, esta dando oportunidade as
bandas, sempre valorizei as bandas nacionais, se me pedirem dez bandas de que
mais gosto metade é nacional, tive o privilegio em trazer o Metal para minha
cidade, algo nunca antes imaginado, me chamaram de louco por fazer eventos de
Metal na minha cidade, ainda mais quando o Trento From Hell evoluiu para um
evento Open Air de dois dias, a amizade construída entre as bandas e todas as
pessoas que você consegue se aproximar no evento, é algo que para mim vale
tudo. Organizar tem seus contras, como prejuízo, mas eles são sempre inferiores
às conquistas, eu já levei muitos e um deles custou minha bateria, quem me
acompanhou se lembra, e sabe que fiquei um ano sem bateria para pagar as
bandas. Como eu sempre digo: jamais deixarei
uma banda na mão sobre o combinado, sempre priorizei o som, iluminação e palco
em geral. Hoje o evento não acontece, por não ter um local para recebê-lo, um
dia pretendo reativar o Trento From Hell.
Hoje em dia, estou vivendo em meio a algumas panelinhas ridículas
de bandas, se você não é da panelinha você não é do Metal, não é Headbanger
você não tem direto de usar um colete com patchs e etc. Esse público do Metal
me dá nojo, porque na maioria, os trues, que vieram com bobagens pra cima,
viraram evangélicos, ou cortaram o cabelo, e venderam seus LPs pra comprar
suplemento alimentar pra academia, o que tem mais é falador e criador de inimizade
no Metal, gente de fofoquinha!
HMB: E o que você acha de estes mesmos detratores se valerem
do anonimato da Internet para depreciar o trabalho ou a arte de alguém?
João: Acho que na Internet a gente não vê muito, isso
acontece pelas costas, mas eles são poucos, o problema é que falam demais!
HMB: E como era o comparecimento do público aos seus
eventos?
João: Era massa, sempre vendo vários rostos novos e outros
que já eram velhos conhecidos, mas eu acho que a grandeza de público não é o
alvo e sim, quantos guardaram o momento e o aproveitaram, sempre tive um
público bom nos eventos, mas poderia ter sido melhor, talvez isso não tivesse
feito o Trento From Hell parar as edições! Mas existem muitos outros eventos
ótimos em Santa Catarina, onde o publico é igual ou maior e lá estão os velhos
rostos de novo, seja no Otacílio Rock Festival, no River Rock Festival ou no
Zoombie Ritual. Só os fracos somem pra sempre!
HMB: O Zoombie Ritual é um ótimo exemplo de dedicação e
perseverança. Você acredita que fazer o cenário da música pesada girar é sempre
aliado há muito trabalho duro?
João: O Zoombie Ritual é o evento que faltava, não só em
Santa Catarina, mas no Brasil e na América Latina toda, porque além das bandas
de Santa Catarina, tocam bandas do Brasil, da América Latina e também bandas da
Europa e EUA, o massa é que o projeto é
uma ideia do organizador Juliano Ramalho para homenagear o Chuck Schuldiner do
Death que morreu no dia 13 de dezembro, época que acontece o evento, ou seja, o
evento é dele e ele bota as bandas que ele quer, tem muita gente que acha que
pode mandar no organizador, por isso o evento é mais extremo, eu sinto mais
falta de bandas de Heavy no evento, mas fora isso o evento é fenomenal é algo
muito batalhado, deve só crescer! Alias todas as pessoas que se metem em fazer
eventos ou qualquer coisa em prol do que acredita está ajudando e fazendo sua
parte e todo mundo tem que lembrar que ninguém veio para agradar a todos, mais
a ajuda é bem vinda sempre.
HMB: O que você pensa da união de estilos diferentes,
visando fortalecer o cenário?
João: Eu acho massa, sempre diversifiquei as bandas nos meus
eventos, gosto da ideia das tribos do River Rock, união das tribos Punk, Rock,
Metal, HC, Hard Rock, etc. Mas isso não impede um evento de puxar mais pra um
estilo, mas como eu disse, a ideia é do organizador, ele que manda!
HMB: Mas ao mesmo tempo, o produtor também tem que ver o que
o público pede, Quais são as subdivisões do Heavy Metal que mais atraiam
público nos seus eventos?
João: Sim, todo mundo pode dar dicas e apresentar bandas,
mas o que eu digo é que a palavra final é dele, afinal ele vai arcar com todas
as consequências do evento no geral Para mim um fest completo tem Heavy,
Thrash, Death e Black, mas tem uns eventos que são puxados ou totalmente de um
estilo só, mais isso depende da proposta do evento!
HMB: Mas se houver a diversificação dos estilos do Heavy
Metal, dentro de um mesmo evento, não seria mais abrangente e consequentemente,
traria mais público?
João: Sim, é são os eventos que mais gosto de ir, mas tem
eventos específicos de cada estilo que também são muito massa!
HMB: Resuma João Vormehlen Júnior em uma palavra ou frase.
João: Frase sobre mim, eu não desisto!
HMB: Obrigado pelo seu tempo e por nos proporcionar este
belo bate-papo, deixe aqui uma mensagem para os nossos leitores.
João: A mensagem para os leitores é o refrão do single da
Mr. Fear - Heavy Metal: O Heavy Metal nasceu para todos, mas nem todos nasceram
para o metal! Abraço obrigado pelo espaço, estamos ai!Mr. Fear
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