Thaís Endigna, vocalista da banda Endigna. Certo? Errado! Além de exercer o citado cargo, Thaís é a imagem e a porta voz da banda e está sempre disposta a esclarecer tudo a respeito do seu trabalho. Além de que, no já citado posto, a moça esbanja talento, sensualidade e brutalidade. Não consegue imaginar, vai conferir e depois me conte. Confira a seguir tudo que ela nos contou.
HM Breakdown: Olá Thaís, obrigado pelo seu tempo e por nos
dar o privilégio dessa conversa. Agora, fale-nos sobre você e suas atividades.
Thaís Endigna: Oi JP! Eu que agradeço o contato. Vamos lá, meu
nome é Thais Amaral, tenho 28 anos. Sou vocalista e tenho uma banda de Metal
(Crossover) que se chama Endigna, estamos na atividade há 8 anos e lançamos
nosso primeiro EP intitulado Soldado Não Para na última semana de Maio (2014).
Estudo canto popular desde 2008 e neste ano começarei no
IC&T (Instituto de Canto e Tecnologia) um curso mais especializado em
técnicas vocais de Metal. Que será lecionado por Thiago Bianchi (vocal
Shaman/Noturnal).
HMB: como começou o seu envolvimento com a música?
Thaís: Meu envolvimento com a música vem desde criança (8,
10 anos), pois venho de família evangélica e na minha casa era muito comum todo
tipo de atividade com música desde cantar ou tocar instrumento. Mas eu não
cheguei a me interessar por nenhum instrumento, apenas cantar. Foi então que
entrei para o coral infantil que havia na igreja e assim por diante, fui para o
grupo de adolescentes, depois para o de jovens e mais tarde fiz parte de um
quinteto feminino onde cantávamos uma vertente um pouco diferente mais puxada
pro Soul/ e R&B (acho que é assim que escreve, risos). Quando fiz 16 anos resolvi sair da igreja, mas
desde os 12 já ouvia muito Rock dos anos 90, aí veio minha vontade de ter minha própria banda.
HMB: Então veio a Endigna, ou você teve participação em
outras bandas anteriormente?
Thaís: Não, primeiro tive uma banda que se chamava Goma 84,
por volta de 2003, a banda durou mais ou menos dois anos. Devido divergência de
ideias dos integrantes desfizemos a banda e foi formada a Endigna.
HMB: Quem já viu o Endigna ao vivo sabe a banda não deixa
pedra sobre pedra quando está no palco. Como é a elaboração da banda no palco,
ou vocês simplesmente sobem lá e quebram tudo?
Thaís: Obrigado (risos)! Então não há elaboração do tipo
"vamos fazer. assim, assado". A única regra de palco é não sorrir
pois, não fazemos músicas engraçadas e
também não falamos de amor. O som é agressivo, as letras são agressivas,
então nada mais conivente com a situação do que uma postura de palco agressiva.
HMB: A banda se caracteriza pela afinação baixa, tons mais
graves e pela versatilidade que você cria em suas linhas de voz, indo dos
timbres limpos aos guturais, em que cena específica você encaixaria a Endigna?
Thaís: Poxa essa é uma resposta que até nós mesmos ainda não
sabemos dar com precisão (risos). Apesar das mil vertentes que o Metal vem
criando ao longo dos últimos anos preferimos apenas usar os termos New
Metal/Crossover... Com uma pitadinha de Thrash.
HMB: Mas não se furtam a tocar com bandas de outras
vertentes, ou preferem que sejam de um nicho especifico?
Thaís: Não temos esse tabu sobre dividir palco apenas com bandas da
mesma vertente, muito pelo contrario somos bem desencanados. Tem espaço pra
todo mundo.
HMB: E que tipo de música você ouve em casa?
Thaís: Vixi! Eu ouço muita coisa em casa, inclusive ouço
coisas que não tem absolutamente nada a ver com a vertente que toco. Vou citar
apenas as bandas de cabeceira: Faith No More, Stone Temple Pilots, A Perfect
Circle, P!nk (a cantora... e sim eu ouço rs), Lamb Of God e por aí vai.
HMB: Essa diversidade de estilos, vai se refletir no EP
"Soldado Não Para"?
Thaís: Talvez, pois são muitas influências de todos os
membros da banda, porém como um EP é só uma ferramenta de apresentação de
trabalho acho que não posso afirmar isso com tanta certeza, pois são apenas
cinco músicas. Já no álbum de estreia que em breve lançaremos faremos sim.
Poderemos usar uma gama bem maior sobre tudo o que ouvimos ao longo dos anos,
obviamente com o "tempero baiano arretado" da Endigna.
HMB: Como é ser mulher em uma banda de homens? Mesmo estando
na década de 2014, o cenário Heavy Metal ainda é machista e sexista.
Thaís: Visto do meu ponto de vista é normal, pois me dou bem
melhor trabalhando com homens do que com mulheres. Já visto pelo lado
espectador o cenário metal infelizmente "ainda" é machista, então eu
sinto e sei que me cobram tanto uma postura ousada e tecnicamente falando me
cobram mais ainda pelo fato de eu de certa forma invadir o clube do bolinha
quando por vezes faço um vocal mais grave do que o de alguns colegas (risos).
No mais não sinto nenhum tipo de aversão, os homens não usam de competitividade
quando o assunto é este. Não comigo.
HMB: Vejo muitas mulheres que reclamam muito desse tipo de
situação invasiva no palco. Você acha que se deve mais a postura, ou as pessoas
conseguem ser bem "deselegantes" quando pretendem?
Thaís: Invasivo, não sei se é o termo mais adequado no meu
caso, eu penso que a partir do momento em que você desenvolve um trabalho que
te tira do anonimato ou até mesmo da considerada "normalidade" tem
que aprender a lidar com todo e qualquer tipo de situação seja ela invasiva ou
não. Não culpo espectadores por situações assim, prefiro pensar que a escolha
de estar em evidência foi minha. Isso acontece muito em relação ao visual, acho
que deselegância é o sujeito não ter jogo de cintura.
HMB: Com a internet os contatos ficaram muito fáceis? Qual o
uso que você faz dessa ferramenta?
Thaís: Sem dúvidas. Usamos muito e colhemos muitos frutos
desse uso nas divulgações de shows, músicas e novidades da Endigna, fora os
links da vida pessoal com as ligações que as pessoas fazem da sua imagem com a
banda. Particularmente nos últimos dois anos a cautela aumentou em relação aos
posts, tanto pessoais como da banda. É uma ferramenta muito boa se quem usa tem bom senso.
HMB: Que tipo de preparo você tem antes de subir aos palcos?
Procura fazer algum aquecimento?
Thaís: Sim e faço tudo antes de sair de casa como costuma
demorar no mínimo vinte minutos. Faço aquecimento dos músculos faciais,
vocalizes e gargarejo com água morna pra drenar as cordas e não dar pigarro,
mas faço isso não somente por cantar; faço também pelo fato de chegar no rolê e
ficar conversando alto. Assim não sofro tanto na hora do show. E depois dos
shows normalmente faço um jejum de voz de no mínimo quatro ou seis horas, sem
falar absolutamente nada.
HMB: E como é o apoio da família para sua carreira?
Thais: No começo foi meio difícil de assimilar pelo fato de
ter banda não ser sinônimo de dinheiro no bolso, mas com o tempo eles
perceberam que uma vez que eu escolhi trilhar esse caminho com êxito ou não
essa foi a minha escolha. Hoje em dia minha família me apoia totalmente.
HMB: Como vem sendo a aceitação do EP “Soldado Não Para”?
Thais: Ainda não podemos fazer um feedback preciso, mas
posso adiantar que as vendas estão sendo algo surreal em vista do que
prevíamos; Também não somos pessimistas mas quando é o nosso trabalho que está
em jogo normalmente esperamos o pior para não haver desilusões. No mais estamos
bastante surpresos positivamente com os resultados.
HMB: Você que o brasileiro é desconfiado com produtos de
bandas novas?
Thaís: Acho que não só o brasileiro, mas todo mundo, vejo
essa desconfiança com naturalidade, pois tudo o que é novo nos deixa com o pé
atrás.
HMB: Com que periodicidade a banda se apresenta ao vivo? Tem
sentido um aumento ou diminuição de público em suas apresentações?
Thais: Varia bastante, ainda estamos galgando essa coisa de
rotina de shows, mas depois do lançamento do EP com certeza aumentou agenda e
publico. Uma vez que se tem um trabalho em mãos pra apresentar, a banda acaba
sendo mais requisitada.
HMB: Planos para o futuro?
Thaís: Sim. Gravar o CD com doze faixas, fazer muitos shows,
enfim, tocar, tocar e tocar (risos)!
HMB: Resuma Thaís Endigna em uma palavra ou frase.
Thaís: Poxa... Essa é meio narcisista, mas vamos aí: Soldado
Não Para!
HMB: Obrigado pelo seu tempo e por nos proporcionar este
belo bate-papo, deixe aqui uma mensagem para os nossos leitores.
Thaís: Em nome da Endigna eu que agradeço toda sua atenção
do HM Breakdown pelo força, sucesso á nós!!!
"Aí galera que está acompanhando as entrevistas
porretas da HMB não deixem de conhecer o trabalho da Endigna e do nosso EP de
estreia. Nos vemos por aí! Obrigada!
Curto Pakarai essa banda!!!!!
ResponderExcluirEndigna é Foda !!!
ResponderExcluirMelhor aidna ao vivo,Parabéns galera !!