terça-feira, 5 de agosto de 2014

Thaís Endigna, soldado não para!


Thaís Endigna, vocalista da banda Endigna. Certo? Errado! Além de exercer o citado cargo, Thaís é a imagem e a porta voz da banda e está sempre disposta a esclarecer tudo a respeito do seu trabalho. Além de que, no já citado posto, a moça esbanja talento, sensualidade e brutalidade. Não consegue imaginar, vai conferir e depois me conte. Confira a seguir tudo que ela nos contou.

HM Breakdown: Olá Thaís, obrigado pelo seu tempo e por nos dar o privilégio dessa conversa. Agora, fale-nos sobre você e suas atividades.
Thaís Endigna: Oi JP! Eu que agradeço o contato. Vamos lá, meu nome é Thais Amaral, tenho 28 anos. Sou vocalista e tenho uma banda de Metal (Crossover) que se chama Endigna, estamos na atividade há 8 anos e lançamos nosso primeiro EP intitulado Soldado Não Para na última semana de Maio (2014).
Estudo canto popular desde 2008 e neste ano começarei no IC&T (Instituto de Canto e Tecnologia) um curso mais especializado em técnicas vocais de Metal. Que será lecionado por Thiago Bianchi (vocal Shaman/Noturnal).

HMB: como começou o seu envolvimento com a música?
Thaís: Meu envolvimento com a música vem desde criança (8, 10 anos), pois venho de família evangélica e na minha casa era muito comum todo tipo de atividade com música desde cantar ou tocar instrumento. Mas eu não cheguei a me interessar por nenhum instrumento, apenas cantar. Foi então que entrei para o coral infantil que havia na igreja e assim por diante, fui para o grupo de adolescentes, depois para o de jovens e mais tarde fiz parte de um quinteto feminino onde cantávamos uma vertente um pouco diferente mais puxada pro Soul/ e R&B (acho que é assim que escreve, risos).  Quando fiz 16 anos resolvi sair da igreja, mas desde os 12 já ouvia muito Rock dos anos 90, aí veio  minha vontade de ter minha própria banda.


HMB: Então veio a Endigna, ou você teve participação em outras bandas anteriormente?
Thaís: Não, primeiro tive uma banda que se chamava Goma 84, por volta de 2003, a banda durou mais ou menos dois anos. Devido divergência de ideias dos integrantes desfizemos a banda e foi formada a Endigna.

HMB: Quem já viu o Endigna ao vivo sabe a banda não deixa pedra sobre pedra quando está no palco. Como é a elaboração da banda no palco, ou vocês simplesmente sobem lá e quebram tudo?
Thaís: Obrigado (risos)! Então não há elaboração do tipo "vamos fazer. assim, assado". A única regra de palco é não sorrir pois, não fazemos músicas engraçadas e  também não falamos de amor. O som é agressivo, as letras são agressivas, então nada mais conivente com a situação do que uma postura de palco agressiva.

HMB: A banda se caracteriza pela afinação baixa, tons mais graves e pela versatilidade que você cria em suas linhas de voz, indo dos timbres limpos aos guturais, em que cena específica você encaixaria a Endigna?
Thaís: Poxa essa é uma resposta que até nós mesmos ainda não sabemos dar com precisão (risos). Apesar das mil vertentes que o Metal vem criando ao longo dos últimos anos preferimos apenas usar os termos New Metal/Crossover... Com uma pitadinha de Thrash.

HMB: Mas não se furtam a tocar com bandas de outras vertentes, ou preferem que sejam de um nicho especifico?
Thaís: Não temos esse tabu sobre dividir palco apenas com bandas da mesma vertente, muito pelo contrario somos bem desencanados. Tem espaço pra todo mundo.


HMB: E que tipo de música você ouve em casa?
Thaís: Vixi! Eu ouço muita coisa em casa, inclusive ouço coisas que não tem absolutamente nada a ver com a vertente que toco. Vou citar apenas as bandas de cabeceira: Faith No More, Stone Temple Pilots, A Perfect Circle, P!nk (a cantora... e sim eu ouço rs), Lamb Of God e por aí vai.


HMB: Essa diversidade de estilos, vai se refletir no EP "Soldado Não Para"?
Thaís: Talvez, pois são muitas influências de todos os membros da banda, porém como um EP é só uma ferramenta de apresentação de trabalho acho que não posso afirmar isso com tanta certeza, pois são apenas cinco músicas. Já no álbum de estreia que em breve lançaremos faremos sim. Poderemos usar uma gama bem maior sobre tudo o que ouvimos ao longo dos anos, obviamente com o "tempero baiano arretado" da Endigna.

HMB: Como é ser mulher em uma banda de homens? Mesmo estando na década de 2014, o cenário Heavy Metal ainda é machista e sexista.
Thaís: Visto do meu ponto de vista é normal, pois me dou bem melhor trabalhando com homens do que com mulheres. Já visto pelo lado espectador o cenário metal infelizmente "ainda" é machista, então eu sinto e sei que me cobram tanto uma postura ousada e tecnicamente falando me cobram mais ainda pelo fato de eu de certa forma invadir o clube do bolinha quando por vezes faço um vocal mais grave do que o de alguns colegas (risos). No mais não sinto nenhum tipo de aversão, os homens não usam de competitividade quando o assunto é este. Não comigo.

HMB: Vejo muitas mulheres que reclamam muito desse tipo de situação invasiva no palco. Você acha que se deve mais a postura, ou as pessoas conseguem ser bem "deselegantes" quando pretendem?
Thaís: Invasivo, não sei se é o termo mais adequado no meu caso, eu penso que a partir do momento em que você desenvolve um trabalho que te tira do anonimato ou até mesmo da considerada "normalidade" tem que aprender a lidar com todo e qualquer tipo de situação seja ela invasiva ou não. Não culpo espectadores por situações assim, prefiro pensar que a escolha de estar em evidência foi minha. Isso acontece muito em relação ao visual, acho que deselegância é o sujeito não ter jogo de cintura.


HMB: Com a internet os contatos ficaram muito fáceis? Qual o uso que você faz dessa ferramenta?
Thaís: Sem dúvidas. Usamos muito e colhemos muitos frutos desse uso nas divulgações de shows, músicas e novidades da Endigna, fora os links da vida pessoal com as ligações que as pessoas fazem da sua imagem com a banda. Particularmente nos últimos dois anos a cautela aumentou em relação aos posts, tanto pessoais como da banda. É uma ferramenta muito boa se  quem usa tem bom senso.

HMB: Que tipo de preparo você tem antes de subir aos palcos? Procura fazer algum aquecimento?
Thaís: Sim e faço tudo antes de sair de casa como costuma demorar no mínimo vinte minutos. Faço aquecimento dos músculos faciais, vocalizes e gargarejo com água morna pra drenar as cordas e não dar pigarro, mas faço isso não somente por cantar; faço também pelo fato de chegar no rolê e ficar conversando alto. Assim não sofro tanto na hora do show. E depois dos shows normalmente faço um jejum de voz de no mínimo quatro ou seis horas, sem falar absolutamente nada.

HMB: E como é o apoio da família para sua carreira?
Thais: No começo foi meio difícil de assimilar pelo fato de ter banda não ser sinônimo de dinheiro no bolso, mas com o tempo eles perceberam que uma vez que eu escolhi trilhar esse caminho com êxito ou não essa foi a minha escolha. Hoje em dia minha família me apoia totalmente.


HMB: Como vem sendo a aceitação do EP “Soldado Não Para”?
Thais: Ainda não podemos fazer um feedback preciso, mas posso adiantar que as vendas estão sendo algo surreal em vista do que prevíamos; Também não somos pessimistas mas quando é o nosso trabalho que está em jogo normalmente esperamos o pior para não haver desilusões. No mais estamos bastante surpresos positivamente com os resultados.

HMB: Você que o brasileiro é desconfiado com produtos de bandas novas?
Thaís: Acho que não só o brasileiro, mas todo mundo, vejo essa desconfiança com naturalidade, pois tudo o que é novo nos deixa com o pé atrás.

HMB: Com que periodicidade a banda se apresenta ao vivo? Tem sentido um aumento ou diminuição de público em suas apresentações?
Thais: Varia bastante, ainda estamos galgando essa coisa de rotina de shows, mas depois do lançamento do EP com certeza aumentou agenda e publico. Uma vez que se tem um trabalho em mãos pra apresentar, a banda acaba sendo mais requisitada.

HMB: Planos para o futuro?
Thaís: Sim. Gravar o CD com doze faixas, fazer muitos shows, enfim, tocar, tocar e tocar (risos)!

HMB: Resuma Thaís Endigna em uma palavra ou frase.
Thaís: Poxa... Essa é meio narcisista, mas vamos aí: Soldado Não Para!

HMB: Obrigado pelo seu tempo e por nos proporcionar este belo bate-papo, deixe aqui uma mensagem para os nossos leitores.
Thaís: Em nome da Endigna eu que agradeço toda sua atenção do HM Breakdown pelo força, sucesso á nós!!!
"Aí galera que está acompanhando as entrevistas porretas da HMB não deixem de conhecer o trabalho da Endigna e do nosso EP de estreia. Nos vemos por aí! Obrigada!

2 comentários: