Eduardo Júnior, vocalista da banda santista
Vetor. Antenado em tudo a sua volta, de opinião forte e decidido no que quer! E
nessa conversa informal disse-nos o que pensa, como enxerga algumas coisas e
deixou muito claro. Sou um Headbanger até a Morte! Confira:
HM Breakdown: Olá Eduardo, obrigado pelo seu tempo
e por nos dar o privilégio dessa conversa. Faça um resumo de você e de suas
atividades.
Eduardo Júnior: Grande JP e galera que
acompanha o Heavy Metal Breakdown, espero que estejam todos bem e bangueando !
Eu que agradeço pela oportunidade! Bom, eu tenho 32 anos, resido na Baixada
Santista, sou administrador de empresas e amante do bom, velho e imortal rock´n
roll e como hobby sou vocalista de uma banda de Metal chamada Vetor, também
oriunda aqui da Baixada Santista, isso já a uns quatorze anos (temos que
encarar como hobby, já que nesse país, viver de Heavy Metal é mais difícil que
aprender japonês em braile (risos).
HMB: E como é o cenário da música pesada no litoral
paulista?
Eduardo: O cenário é muito qualificado em termos de músicos
e bandas, o nível realmente é bem alto com bandas como Vulcano, Chemical
Disaster, Heavenly Kingdom, Odum, Rygel, Dark Witch, Carnal Desire, Predatory,
Infector, Parallax, Usina, Opus Tenebrae, Hugin Munin, Lei Seca, Cidadão
Blindado, Abomydogs, Druídas e etc, uma infinidade de bandas dos mais variados
estilos e de músicos da mais alta estirpe como os guitarristas Luiz Oliveira,
Milton Medusa, Mauro Hector, os baixistas Zuzo Moussawer, Fabio Dubaixo, os
bateristas Plínio Romero, Pedro Tinello e outros. Todos, bandas e músicos, com
trabalhos sérios e de um nível bem alto, além dos oriundos da Baixada Santista
que ganharam o mundo como Rodrigo BV (hoje na Inglaterra), Paulo Sosa
(Tempestt), Bil Martins (Hellish War), Anibal Pontes (Ex Rygel), o próprio
conhecido Edu Falaschi é daqui da Baixada Santista, mas a meu ver, hoje, o que realmente é muitas vezes desanimador na
cena da Baixada, é a falta de apoio do público, que não comparece aos eventos,
que não prestigia estas bandas e músicos. Antigamente tínhamos um sério
problema por parte das casas especializadas, que não abriam as suas portas para
bandas autorais, porém, aos poucos vejo que isto esta mudando com eventos
acontecendo rotineiramente no Studio Rock, na Nova Tribal e no MWM Estúdio as
principais casas da região, onde os responsáveis estão realmente abrindo as
portas para os trabalhos de bandas autorais, o que a meu ver é o início de uma
mudança de postura e conscientização destas casas e que deverá ocorrer também
por parte do público. Essa “nova
concepção” é uma coisa que deveria não ser restrita somente a Baixada Santista,
mas sim a nível nacional, pois quem faz com que o cenário se desenvolva são as
bandas autorais.
HMB: E os shows, sempre vejo bandas ótimas nos shows por ai,
como se dá a organização desses eventos?
Eduardo: Sim, grandes bandas do cenário estão aportando aqui
pela Baixada, graças a iniciativas de caras como Pepinho Macia, Luiz Carlos
Louzada (Vulcano) da Asgard Entretenimentos juntamente com o Studio Rock, do
Fabio Hutterer da Nova Tribal. Esses caras atualmente, estão abrindo as portas
de suas casas e eventos para bandas autorais locais e de fora, trazem os
grandes nomes, e isto é muito bom para a região entrar no circuito de shows e
para que as bandas consigam mostrar os seus trabalhos. Já tivemos grandes
internacionais nomes por aqui outrora, como King Diamond, Gamma Ray, Exodus,
Grave Digger, Primal Fear, Paul Di Anno, Blaze Bayley, Tim Owens, Avenger e
outros, admiro esses caras que realizam esses eventos, pois eu mesmo já ajudei
a organizar alguns e é uma tarefa que envolve muito trabalho, e uma
responsabilidade enorme.
HMB: E tento participado da organização de alguns desses
evento,s como você vê a participação do público na sua região?
Eduardo: Infelizmente vejo de forma negativa. São raros os
eventos autorais onde o público realmente comparece a ponto de o evento se
pagar, e isto não acontece somente na Baixada Santista, mas a nível Nacional.
Isto esta dentro da tal da “concepção” que a meu ver o público precisa mudar e
isso envolve todas as partes, as casas de shows e promotores em dar a
oportunidade para as bandas autorais tocarem, as bandas autorais se manterem
compondo, motivadas e na ativa, e o publico, por sua vez, apoiar, comparecer,
se interessar, divulgar e abraçar essas bandas, dando valor a elas. É preciso
apoiar os eventos e as bandas para que a cena consiga se manter, para que os
músicos se mantenham motivados em continuar pois a realidade hoje em dia é
dura, é ingrata e difícil. No Brasil quem esta na música pesada, compondo e com
uma banda sofre muito, pois os instrumentos são caros, equipamentos são caros,
ambos por conta dos altos impostos nesse país, os músicos em sua maioria
trabalham e o poder aquisitivo nem sempre ajuda a manter tudo isso em curso,
enfim, como eu costumo dizer: “Para se viver de Metal nesse país, só se você
for Metalúrgico, Semianalfabeto, faltando um dedo e se tornar presidente.” Ou
então, seja como a maioria hoje em dia é, apaixonado, teimoso e predestinado e
neste caso, retorno financeiro é o que menos se busca a meu ver, pois sabem
como é a realidade, e o que os mantém na ativa (e falo isso por mim), é o apoio
do público não existindo este apoio as bandas e músicos ficam pelo caminho,
desistem e param de tocar. Resumindo, o público precisa enxergar que se ele não
apoiar isto tudo vai acabar, pois além de todas as dificuldades que já mencionei, existe o caos da indústria
fonográfica, que com a era dos downloads, jogou as bandas em péssimos lençóis,
sejam elas grandes, medianas, pequenas, novas ou antigas e também, pelo fato de
no Brasil, embora o nosso “Metal”, o musical, não o do Lula, (risos) seja de qualidade,
e o publico exista, somos uma contra cultura, remamos contra a maré e estamos
inseridos em um contexto cultural complicado musicalmente falando.
HMB: E não é cultural do povo brasileiro dar pouco valor aos
“frutos do seu quintal”? Você consegue visualizar uma mudança desse cenário em
um curto espaço de tempo?
Eduardo: Eu diria que é cultural o povo Brasileiro dar o
devido valor a uma banda somente depois que ela recebe o que podemos chamar de
“Selo Gringo Approved” rs. Exemplo, o Sepultura só foi ser respeitado aqui no
nosso país, depois que lá no exterior se consagraram. O Angra e o Krisiun a
mesma coisa e temos vários outros exemplos assim, o que não significa que no
nosso cenário, crivado nele, oriundo dele e voltado a ele, não existam bandas de
um nível igual ou melhor que muita banda gringa por aí, e o publico
simplesmente as ignora, isto é que é triste e é o que eu mais vejo acontecer e
é o que precisa mudar. Existem bandas gringas que visitam o Brasil, cobram 300
reais, senão for mais, em um ingresso, fazem um show meia boca e previsível e o
publico simplesmente lota estes eventos, e por outro lado, quando uma destas
bandas de nível alto que mencionei realiza um evento por aqui, é aquele parto
para se lotar um pequeno espaço e isto, com ingressos a preços promocionais,
CD’s de graça (o que acho um absurdo quando o fazem, pois gravar um CD é um
investimento e uma tarefa das mais hercúleas. Quando o Falaschi deu
aquela controversa entrevista, onde disse que Brasileiro era “chupa pau de gringo”,
lógico que ele falou muita bobagem naquela entrevista, mas ao mesmo tempo, ele
disse muitas verdades a meu ver. Mudar este quadro é possível? Sim, é possível!
Mas é provável que mude em curto prazo? Infelizmente não! Acredito que isto só
irá mudar se quem esta em cima der o exemplo e começar a levantar esta bandeira
de forma efetiva, e não só falando nisso, mas exercendo isto de fato, com
atitude, com união, com conscientização, não adianta nada o Falaschi de forma
meio estabanada dizer isso, eu nesta entrevista aqui dizer isto, se outros
músicos, bandas e promotores não abraçarem esta ideologia, se todos o fizerem,
o público gradativamente poderá abraçar a ideia também e o quadro pode começar
a mudar, acredito muito nisso.
HMB: Mas, será que a situação econômica do país também não
contribui para esta debandada? Obrigando, de certo modo, as pessoas a
escolherem por um ou dois shows, até pelo alto custo, e claro, priorizam as
bandas que tem menos possibilidade de ver?
Eduardo: Pode ser que sim, mas é aí que esta o ponto onde o
público deveria ter uma ideologia e ter em mente que se ele não comparecer a
shows de bandas nacionais e iniciantes, o metal nacional irá se enfraquecer
cada vez mais isto falando em Brasil, mas acho que se aplica a nível Mundial também.
Estas bandas gringas papa níqueis que menciono e que sempre estão por aqui são
bandas como Metallica, Iron Maiden e algumas outras, das quais sou um baita fã,
mas não compareço mais a show destas bandas, pois acho abusivo, uma verdadeira
extorsão o valor que cobram pelos ingressos, pelos itens promocionais, pela
bebida e comida, pelo estacionamento, aja vista o poder aquisitivo do
Brasileiro como você mencionou, e no entanto sempre temos casa cheia nesses
eventos, ou seja? O público se endivida, mas comparece, o dinheiro aparece.
Shows de bandas nacionais, são baratos, são sempre a preços muito em conta, não
vejo sacrifício algum em uma pessoa que curte de verdade Heavy Metal e tem o
hábito de comparecer a eventos internacionais, em reservar alguma data para
prestigiar eventos nacionais também, vale a pena, basta querer, estar aberto a
conhecer o trabalho destas bandas e ir atrás. Outro ponto é que estas bandas
gringas que são como instituições, lendárias e clássicas, é que elas estão no
fim, mais 10, 15 anos elas param, a idade dos músicos é avançada, elas irão
encerrar suas atividades em breve, e isto é inevitável, e eu pergunto: como o
público fará para ir a um show e continuar curtindo Rock/Metal se não começar a
mudar sua concepção? Irão passar a comparecer somente a shows de bandas Cover
destas grandes bandas? É algo a se pensar caso você que esteja lendo, seja como
eu, um apaixonado por música, por Metal, e não por banda A, B ou C!
HMB: Não seria ideal que as bandas e promotores se juntassem
visando oferecer melhor qualidade nos shows e preços mais acessíveis, tanto no
ingresso, quanto no consumo dentro da casa de shows?
Eduardo: Sim, sem dúvida, é o que mencionei sobre a união
ser conjunta e o exemplo vir de cima. As bandas precisam ter mais pulso e
procurar sempre melhorar suas apresentações para assim, atrair o público e
fazer valer o investimento feito por quem compra o ingresso para te assistir,
os promotores por sua vez, precisam acreditar nas bandas e dar a oportunidade a
elas e não as extorquir cobrando taxas para tocar em seus eventos, não
obrigando a vender ingressos e outras coisas, pois como disse anteriormente,
manter uma banda neste país é um parto a cada dia e ter que pagar para tocar é
definitivamente insano no meu modo de ver. É um esforço que precisa ser feito
em conjunto, cada um fazendo a sua parte e o público idem.
HMB: Como você vê essa cobrança para que determinada banda
toque ou faça o open act de uma banda internacional? Assim como ter uma cota de
ingressos para vender, não seria isso inversão de valores?
Eduardo: Sim, é uma inversão total, mas existem dois lados
sempre em toda essa história, um lado é o da casa de show em continuar
existindo, outra é do promotor viabilizar o investimento de trazer uma banda de
fora, mas em ambos os casos, vejo com ressalvas que quem tenha que pagar esta
conta ou ajudar a pagar, seja a banda que vai abrir um show “grande” ou tocar
em determinada casa. Se todos fizerem o seu trabalho direito, o promoter
promovendo, a casa de show divulgando e tendo um ambiente decente e por fim as
bandas mantendo um nível alto nos shows e em suas composições e apresentações,
as coisas acontecem naturalmente e tudo se viabiliza se souberem atrair o
público, conscientizar o público e principalmente, manter o publico. Por parte
das bandas, e eu sendo mais integrante de banda do que promotor, embora eu já
tenha vivido os dois lados desta moeda, vejo que uma banda que paga para abrir
determinado show e para tocar em determinado local, com todas as dificuldades
que ela enfrenta para se manter neste país , não importa a exposição que tenha,
é um ato de pura burrice, pois além de alimentar esse tipo de prática, priva a
própria banda muitas vezes, de ter um bom material, de ter um bom
merchandising. Já vi alguns casos assim, onde uma banda pequena investe uma
grana que às vezes não possui para abrir um show ou tocar em algum lugar, no
entanto o material da banda é de qualidade baixa, ou não possuem camisetas para
vender, não possuem backdrop, equipamentos de qualidade, enfim! Se é para
gastar dinheiro, gaste investindo na própria banda e não dando dinheiro para
promotores desse nível, que a meu ver, não passam de aproveitadores,
frisando sempre aquela velha máxima de
que se continua a existir o esperto que cobra, é porque continua a existir o
idiota que paga, essa é a nossa realidade hoje em dia. Eu mesmo já sofri com o
Vetor com relação a isso, com banda do cenário nosso, nacional, que bate no
peito para dizer que é do Underground, que veio de baixo, chegou um pouco mais
alto e já estava cobrando de bandas menores para abrirem seus shows, veja o
absurdo, banda cobrando de banda, nos tiraram de um evento para colocar outra
banda que pagou para tal. Não citarei nomes, mas é extremamente lamentável tal
atitude, mas sabemos que elas ocorrem, e outra, que é o principal nesta
história toda, se você sobe no palco pregando união, pregando que veio de baixo
e que precisa do apoio dos Headbangers, exerça isto, o faça no seu dia a dia e
não fique só no blábláblá furado em cima de um palco fazendo cena, simples.
HMB: No meu entender também, estão esvaziando alguns baús e
trazendo bandas que nem são tão expressivas assim e nem causaram um certo
alarde, pelo menos não por aqui, e de verdade, são de medianas para baixo. Não
seria também de ter um critério ao importar algumas bandas para que toquem pelo
páis?
Eduardo: Sim, também concordo que andam desenterrando alguns
defuntos por ai de forma desnecessária (risos), mas é complicado avaliar isto, pois
depende do gosto de cada um, e gosto como dizem, é igual “fiofó”, cada um tem
um. Mas sem dúvidas, falta critério, e muitas vezes, como eu disse, trazem
alguns dinossauros de fora, mas aqui dentro, tem banda muito melhor e ninguém
valoriza, preferem dar vitrine a bandas que já deram o que tinham que dar. É
complicado.
HMB: Mudando de assunto, como andam os trabalhos para Chaos
Before The End?
Eduardo: Estão caminhando, já estou gravando alguns vocais,
iniciando o trabalho de voz do CD, esta sendo muito trabalhoso e prazeroso ao
mesmo tempo gravar este trabalho, desde Fev de 2013 estamos trabalhando nisso,
com muita dedicação, sacrifício e esforço, mas valerá a pena, pois embora
tenhamos quatorze anos de estrada, será nosso primeiro CD Full e espero que
seja um trabalho que o publico aprecie, que quem nos acompanhe goste e que seja
o primeiro de muitos. A saída do Luciano Gavioli da banda neste momento foi um
tanto quanto complicada, por se tratar de um cara que fundou a banda junto
comigo, era um compositor brilhante, mas são coisas da vida, decisões que temos
que aceitar e apoiar, principalmente por se tratar de um grande amigo. Outro
nome, um ótimo guitarrista, um cara que respira Metal tanto quanto nós assumirá
o posto do Luciano e temos tudo para colher bons frutos deste trabalho, estamos
todos muito otimistas.
HMB: Já tem alguma data para este lançamento? Irão fazer
alguns shows de lançamento do CD?
Eduardo: Data exata não, pois como disse, vida de musico de
Metal nesse país é uma batalha absurda , orçamento apertado, tempo as vezes
escasso, mas acreditamos que até o final do mês de Setembro deste ano, esteja
tudo pronto, esta mudança na formação da banda nos deu uma atrasada com o
cronograma, mas nada que não consigamos contornar com ensaios, laboratórios, e
isto esta sendo feito pelos guitarristas, pois algumas coisas o novo integrante
já vai ter que gravar (risos), entrou no barco vai ter que remar (risos). Já
fizemos alguns shows de pré promoção deste trabalho, nosso set esta todo focado
nele e a galera pode pesquisar na fan page e no Youtube que tem muita coisa por
lá, mas sem dúvidas, quando o CD for efetivamente lançado, vamos promovê-lo o
máximo possível e também incluir sons novos, pois em paralelo as gravações,
estamos compondo coisas novas para a engrenagem não enferrujar.
HMB: Você acha que, um caminho que deveria ser seguido pelas
bandas é o de buscar apoio dos governos para produzir sua arte?
Eduardo: Acho um caminho válido, muito embora, em um mundo
perfeito, isto não seria necessário, caso houvesse um apoio maior e efetivo por
parte dos promotores e do público. um dando oportunidade, e o outro
comparecendo e apoiando de fato, respectivamente, além de que, no momento que
atravessamos, o governo deveria investir suas verbas em assuntos mais urgentes
e importantes, como saúde e segurança do povo, porém, a cultura faz parte da
educação, que é algo também muito fraco no nosso país. Sei de bandas que captam
apoio através de Lei Rouanet e Proac, por exemplo, o que é válido, mas muito
difícil de conseguir, muitos interesses em jogo, tem que ter muito conhecimento
e contatos e isto, a grande maioria das bandas não tem para que seja viável explorar.
É preciso profissionalizar as bandas, e conscientizá-las de que pagar para
tocar, tocar em qualquer buraco sem o mínimo de estrutura é errado e não é algo
justo por todo o investimento que manter uma banda demanda, seja de dinheiro ou
de tempo.
HMB: Conhecimento, contatos e Lobby, claro. Aqui em São
Paulo existe um programa assim que beneficia os mesmo indivíduos desde a sua
implantação. Mas, indo ao assunto, não cabe ao povo e aos interessados desse
tipo de apoio, mostrar que algo está errado? ou no mundo de hoje isso seria...
Politicamente incorreto?
Eduardo: Depende muito de cada um essa atitude de mostrar
que existe algo errado. Existem muitas coisas e condutas que são legais neste
país, mas não são morais. Eu diria a você que se o Vetor hoje conseguisse um
apoio de Lei Rouanet ou Proac, iríamos debater a respeito, e caso a maioria
decidisse por aceitar, iriamos criar uma forma de retornar esse incentivo à
sociedade, talvez com eventos beneficentes, ou algo do gênero, ou dando aulas
gratuitas de música a crianças carentes, enfim, não basta a banda ou músico
captar o dinheiro destes incentivos e não dar nada em troca a sociedade, pois
tendo esta contrapartida, isto se torna
algo legal do ponto de vista jurídico, mas imoral do ponto de vista ideológico
na minha opinião.
HMB: Resuma Eduardo
Júnior em uma palavra ou frase.
Eduardo: "Headbanger Até a Morte", esta frase me
define, embora eu não me considere melhor do que ninguém (muito longe disso),
porém, a música me move, e isto é pior, ou melhor (risos) do que qualquer vício
pois estarei velho, senil e em meu leito de morte, e ainda assim, estarei
curtindo um som como se deve !! É um fato e uma promessa!
HMB: Obrigado pelo seu tempo e por nos proporcionar este
belo bate-papo, deixe aqui uma mensagem para os nossos leitores.
Eduardo: Eu é que agradeço meu amigo JP, foi uma honra e um
prazer. Aos leitores, digo que fiquem ligados na cena, apoie, prestigie, abrace
a cena da sua região, um aperto de mão, um abraço, um bate cabeça em um show,
uma critica construtiva internet afora, fazem toda a diferença e na maioria dos
casos, é só o que as bandas precisam para continuar em frente nessa luta para
ter seu lugar ao sol.
perfeito Edu \m/
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