segunda-feira, 19 de maio de 2014

Luiz Carneiro, o retorno


Luiz Carneiro, vocalista de uma das mais empolgantes bandas da década de 1980, o Minotauro! Apesar de só ter participado da coletânea Metal Brigade, lançada pelo selo da revista Rock Brigade, a banda arrebatou o cenário Heavy Metal com shows que intensos e que ficaram gravados na memória de todos os que puderam conferir a banda ao vivo. Agora, após um longo hiato, o Minotauro está de volta e com força total. Confiram nas palavras de Luiz Carneiro um pouco da carreira e os planos deste retorno, que promete balançar as estruturas do Heavy Metal nacional.

HM Breakdown: Antes de começarmos, obrigado pelo seu tempo e por nos dar o privilégio dessa conversa. Agora, fale-nos sobre você e suas atividades.
Luiz Carneiro: Primeiramente parabéns por mais essa iniciativa de conteúdo voltado ao metal e qualquer estilo de musica pesada no Brasil e eu que agradeço pela oportunidade!
Tive minha iniciação musical nos colégios Buenos Aires e Cedom, ambos localizados na Zona Norte de São Paulo, que como muitos dos colégios públicos dos anos 80, incentivavam toda e qualquer prática de atividades voltadas ao universo artístico.
Na época do Buenos Aires em termos de Rock, eu ouvia apenas Beatles e Rolling Stones, meu estilo musical preferido era o MPB (Chico Buarque, Gil, Caetano, a grande Elis Regina, entre outros). No último ano do "ginásio" (denunciei minha idade agora, risos) conheci um punk bem famoso chamado "PJ" que me mostrou Dead Kenedys e Sex Pistols, mas aquilo me confundiu um pouco, pois gostei de cara! Mas como aquilo seria possível? Eu era um "bicho-grilo".
Foi no Cedom que comecei a ouvir outras vertentes de Rock como Led Zeppelin, Janis Joplin e Queen. Minha introdução à música pesada aconteceu através do Ciro Botini (ex-vocalista da Banda Proteus), pois trabalhávamos juntos como office-boys. Foi ele quem me apresentou o Kiss, Ted Nugent, Van Halen, Deep Purple e Black Sabbath. Acho que muitos sabem que sou um antigo e grande fã de Iron Maiden, lembro quando fomos a Woodstock em 1982 assim que saiu o The Number of the Beast do Iron Maiden, ouvi aquilo e foi como se o mundo tivesse parado! Fui contagiado pela música pesada! Depois daquilo não parei mais, comprei tudo de Iron Maiden e comecei a ouvir todas as bandas de NWOBHM e outras como Picture, Metallica, Anthrax e Slayer.
Em 1984 estávamos tomando o "bom" e velho vinho Nata (risos)! E meus grandes amigos Sergio Zaramello (guitarrista) e Walter Gomes (baixista) começaram a tocar nos seus velhos violões coisas como Iron Maiden, Angel Witch, Manowar, e comecei a soltar um pouco da voz grave e rasgada e os caras falaram: Nós estamos montando uma banda, você não quer se o vocalista?
"Sei lá cara... Posso tentar", ali nasceu a nossa primeira banda, o Arkhos. Então convidaram para a bateria, outro amigo do bairro chamado Wladimir e fizemos ensaios e tocamos em um colégio, mas infelizmente essa banda durou alguns meses, afinal de contas éramos garotos, brigávamos por qualquer coisa!
De repente, uma bomba atômica caiu aqui no Brasil chamado Rock and Rio, eu tinha acabado de conhecer um grande brother chamado "Gregão". No "busão" para o Rock and Rio, ele falou que estava a fim de montar uma banda com letras mitológicas e medievais, topei na hora.
Foi quase que automático chamar os velhos integrantes do Arkhos, porém, para o baixo, convidamos o Carlos "Mad". Logo após o Rock in Rio, nascia o Minotauro! Uma banda de Heavy Metal tradicional com algumas pitadas de Power Metal, o Gregão era uma máquina de escrever músicas pesadas e por incrível que pareça, nosso segundo show foi abrindo para o Sepultura, Sarcófago e Chackal no Metal BH I em 1985.
Conhecemos o Max e Igor na frente da Woodstock e ficamos super amigos!
Acho que esse show nos deu um "punch" para buscar mais profissionalismo, o que aconteceu em 1986, com a entrada de Alex Lana (Guitarra) no lugar do Sergio Zaramello e Weber (bateria) no lugar de Wladimir.
Essa formação varreu o cenário metal dos anos 80 tocando ao lado de outras lendas como Vodu, Anthares, Viper, Centúrias.
Infelizmente o Minotauro parou suas atividades no inicio de 1988.
Já fiz outros estilos de sons e sempre busco sonoridades alternativas, mas definitivamente sou um vocalista de Metal, não há como tirar isso de mim!
Estudei canto lírico em 2004 e participei de alguns projetos com bandas covers até 2008, mas o sonho de desenvolver um projeto de som próprio nunca deixou minha mente e coração, foi quando no ano de 2012, o que julguei improvável aconteceu, o Minotauro voltou à cena, como um resgate da magia vivida por nós nos anos 80.
 Atualmente estudo técnica vocal com o grande Leandro Caçoilo (ex-Eterna, Soulspell e atual Seventh Seal) para aprimorar a técnica e ganhar profissionalismo.
Muita coisa mudou na música pesada, as mentes se abriram e nos permitimos experimentar ritmos e "grooves" que tiveram seu caminho aberto pelo Sepultura e Angra.
No passado, Heavy Metal era sinônimo de velocidade e vocais extremamente agudos, acho que hoje posso trabalhar mais minha voz em tonalidades e arranjos bem mais confortáveis focando interpretação!
O Minotauro está um pouco longe dos palcos, pois estamos trabalhando na mixagem e masterização do nosso primeiro EP com quatro músicas antigas com roupagem mais atual, além do nosso primeiro clipe e novas músicas!
Mas confesso que já estou com saudades da energia do público!


HMB: Vocês participaram da coletânea Metal Brigade, lançado pela revista Rock Brigade, como foi participar deste trabalho e mais, fazer isso numa época em que as gravações de Heavy Metal ainda davam seus primeiros passos?
Carneiro: A maioria das bandas “irmãs” tinha conseguido um contrato pra gravar um disco inteiro, nós estávamos procurando uma gravadora, e o Guilherme Bussing, nosso Rod Smallwood... (risos) veio com a notícia do convite da Rock Brigade.
Foi legal, pois pensamos que seria interessante participar da coletânea, fazer uma porrada de shows e na sequência gravar um material forte e coeso que já fazia parte dos nossos shows, mais ou menos como rolou com o Salario Mínimo por exemplo. Foi uma experiência incrível, não tínhamos nenhuma experiência de estúdio, porém, a banda estava muito entrosada e tocávamos com frequência.
Naquela época, os cantores cantavam melhor ao vivo, pois no estúdio rolava aquela pressão natural, sem contar que o som é limpo demais, bem diferente do ambiente ao vivo.
O Minotauro sempre foi uma banda de pessoas carismáticas, era natural que mesmo sobre pressão, fizéssemos amizade com o produtor do Estúdio Guidon.
Lembro que na hora de gravar falei assim pra ele: “Cara, não tem como você aumentar o som pra dar uma impressão que eu estou no Rainbow Bar?”, ele riu e falou “Tá bom Carneiro, vou ver o que posso fazer”.
Confesso que não consegui reproduzir o timbre que eu tinha ao vivo, não ficou ruim, mas músico é assim mesmo, nunca ficamos satisfeitos, sempre queremos mais, tá no DNA, risos.
A situação era complicada e tinha tudo pra dar errado: Tínhamos 4 horas pra gravar as duas músicas, tipo “se vira nos 30”. Gravamos bem cedo, como é foda cantar de manhã, ninguém merece. Eu estava, pra variar, com sinusite e consequentemente com a voz bem abaixo dos 100%.
A sonoridade dos amplificadores não era aquilo que buscávamos, mas para um bando de garotos que talvez fossem ganhar um contrato, aquilo estava super foda! Mesmo assim, conseguimos gravar as músicas em menos de 3 horas e ainda sobrou tempo pra fazer uns efeitos e dobras de guitarras e vocal.
Se você for pensar que era 1987 com pouca tecnologia e tempo, puxa, foi surreal! Sem contar a diversão, o produtor falou algo do tipo: “Caras, de onde vocês surgiram, hein"?
Hoje em dia, você grava em casa e o resultado fica bem legal com um investimento baixo. Nos anos 80 você tinha que pegar seu 13º salário para poder comprar um pedalzinho de efeitos.
O problema daquela época era a mixagem! Você não encontrava um disco de uma banda de Metal Brasileira com um resultado de cair o queixo. Hoje em dia você ouve os CDs do Pastore, Seventh Seal, SoulSpell, Dark Avenger, Nervosa e entre outros e os mesmos tem um resultado de estúdio fabuloso! Nossos estúdios e produtores não estão deixando nada a dever para os gringos!

HMB: Realmente o Minotauro era uma banda poderosa ao vivo, lembro-me de um show com Minotauro e Vodu (mas não me lembro do lugar, mas no dia anterior teve Viper e mais uma banda, que não lembro também), que foi sensacional, Incluindo ai um solo memorável de Alex Lana no final, que deixou todo mundo de queixo caído. Mas, deixando a tietagem de lado, os anos 80 foram mágicos pra quem curtia o cenário, que lembranças você tem dessa época?
Carneiro: Acho que você está se referindo ao memorável show do Teatro Mambembe. Que por sinal foi todo filmado pelo Ricardo Batalha, redator-chefe da revista Roadie Crew e realmente os solos do Alex Lana eram a marca registrada da banda bem como a irreverencia e energia dos integrantes.
Tenho muitas lembranças, dos ensaios no quartinho dos fundos da casa do Weber aonde dividíamos o espaço com uns dez ou vinte amigos e fãs da banda.
Alguns fatos engraçados e marcantes:
Momentos antes de entrarmos no palco do Metal BH, o Max do Sepultura olhou para nós e falou: “Ué? vamos não vão trocar de roupa? Vocês vão entrar agora”!
As bandas de Black Metal da época tinham aquele visual todo, se pintavam e se cobriam de arrebites, e nós estávamos com calças jeans rasgadas e tênis.
Dois anos depois o Sepultura aderiu ao visual que tínhamos (risos).
No show do Circo Marinho, o André Matos fazia seu ritual de mapeamento do palco, pois ele é míope. Veja como o destino é cruel. Eu ficava seguindo e falando na orelha dele “André, você vai cair do palco cara, não tem como andar aqui sem enxergar nada”.
Na hora do show do Minotauro, o holofote pegou bem de cheio na minha cara, não enxerguei nada e caí, enquanto ele fez o show na boa sem cair. Hoje eu também sou míope e canto de óculos, e ele, não. (risos)
Eu era super fã do Andrews do Vodu (hoje é o André Gois do Face of Desaster), muitos falavam que ela era poser, só que no final dos shows, pegávamos o ônibus negreiro lá pelas duas ou três da madruga voltando para a Zona Norte, éramos muito amigos, se ele desse uma de poser, levava porrada! (risos)
O mais engraçado é que eu e o André éramos fãs do Robson do Performance´s que depois foi para o Acid Storm, e o Robson também era companheiro de metrôs e busões negreiros.
Essa é a vantagem de ser músico no Brasil, você se torna fã e amigo dos seus ídolos!
Nesse show do Mambembe, eu desci do palco e o Yves Passarell do Viper veio falar comigo e falou eloquentemente: “Carneiro, eu passei um tempão tentando imaginar com quem você parece no palco e agora que vi que você tem o estilo do Paul Di´anno”!
Falei assim “Nossa, jura Yves? Sabe que eu nunca parei pra pensar nisso? Já que eu conheço tão pouco o trabalho do Paul”, gargalhando…
Brincadeiras à parte, muitas bandas da época queriam se parecer com alguém famoso e sempre tocavam um cover. O Minotauro era o Minotauro, a gente não estava nem aí pra nada em relação a se parecer com alguém e não tocávamos covers.
Uma vez nós tocamos com uma banda do RJ (acho que era o Taurus) e quando o Alex Lana estava afinando a sua lendária guitarra “Rei Tonante”, o Guitarrista da outra banda falou assim: “Nossa cara, poxa! Você vai tocar com isso? Não quer minha Ibanez emprestada?
O Lana pegou a guitarra do cara, olhou e falou: “Putz, valeu cara, mas meus dedos já estão tão viciados na minha Juliana” (apelido de sua guitarra).
Quando o Minotauro entrou no palco, eu ficava ali pra entrar em cena e olhei para o guitarrista e ele falou: “Caralho, como esse cara tira esse som dessa guitarra?”,
“Ah sei lá cara, até hoje me pergunto e não consigo responder essa pergunta” (risos).
Num belo sábado, um amigo do Weber conseguiu uma participação do Minotauro num programa da Gazeta, no bom estilo “Bolinha”.
Entramos com aquele visual, digamos… humm… TOSCO (poxa, eu usava tênis iate sem meias) e umas coelhinhas “gostosas” tentavam dançar a música Hino de Guerra.
Era dublagem, todo mundo sem nenhum sincronismo e o som super baixo.
Resolvemos zoar geral, o Carlos Mad (baixista começou a pular sem sequer encostar no contra-baixo) e o Alex Lana foi dar uma cantada em uma das coelhinhas (risos).
Bom, eu tinha aquele jeito natural de simular uma palhetada de guitarra com a mão um pouco abaixo da cintura, aí já viu. Alguém ligou na TV e pediu pra vetar a música, pois o vocalista estava com gestos obscenos! Porra, por que ninguém me avisou na hora da apresentação? Eu capricharia mais, afinal de contas eu era o próprio rockstar sexy (risos)!
Isso causou um desconforto e uma nota saiu num jornal local. Nossa, como rimos.
Se eu continuar a contar os casos engraçados, acho que vou estourar o espaço em disco do seu blog (risos).


HMB: O provedor eu não sei, mas eu ia adorar se isso acontecesse. Bom, Claro que um dia banda decretou o seu fim, como você lidou com isso? Você deu sequencia em alguma outra banda?
Carneiro: Já ouvi uns rumores por aí que a banda acabou por alguns desentendimentos entre alguns dos músicos, mas isso não é verdade.
É óbvio que quando você é jovem, não sabe lidar com determinados assuntos, sem contar que qualquer tipo de relacionamento tem seu desgaste natural, mas nós superamos todos numa boa.
O fato real, de a banda ter acabado é que o Alex Lana teve que voltar para Jaú, estava muito complicado ir e voltar toda semana, ele estava querendo fazer faculdade e realmente ficaria impossível continuar. Nem cogitamos chamar outro guitarrista por conta de sua imagem marcante, perderia o brilho. Todos estavam numa fase de transição na vida, nunca vivemos de música então concordamos em parar as atividades.
Em 1990 montei uma banda com dois amigos e meu irmão, e começamos a tocar alguns covers de rock nacional e internacional, coisas como Smiths, New Model Army, Men at Work, Dire Straits e umas músicas da Legião Urbana, Capital Inicial e 365, eu estava realmente a fim de explorar uns lados diferentes com a minha voz.
Meu irmão tinha umas músicas próprias com veia mais para o Funk e Soul Music, aí já viu no que deu né? Eu fazia um vocal de Metal em músicas de Funk, interessante (risos). Mas era só por diversão mesmo, tipo pretexto pra tomar cervejas com os amigos semanalmente.
Casei em 1992 e meu filho nasceu em 1993, então parei com a música e me dediquei à família e trabalho.
Os anos 90 foram bons para o Metal nacional, pois o Sepultura e Angra explodiram, mas eu me sentia um pouco órfão de música, pois era aquela fase chata do Grunge e o Bruce tinha acabado de sair do Iron Maiden, ou seja, uma bagunça!
Os caras do Minotauro se reuniram num churrasco em 2000 na casa do Carlos Mad e o Alex Lana voltou para São Paulo em 2001, mas não falamos nada a respeito de tocar.
Entre 2003 a 2005 tentei cantar em umas bandas de covers de metal melódico, mas foi uma péssima ideia, eu tenho uma voz muito grave (barítono com tessitura de baixo) e os caras queriam tocar Helloween, Angra e Stratovarius, sem chance, não estou a fim de estourar minhas cordas vocais. Brinquei com algumas bandas de hard rock, mas nada sério, eu não estava muito a fim de procurar banda.
Em 2004, antigos membros do Minotauro montaram uma banda por hobby, até me chamaram para cantar também, mas eu estava trabalhando demais, então o Alex Lana assumiu também os vocais, eles tocavam Red Hot, Rage Against, System of Down, Sabbath, Purple, etc.
Lembro que eles tocaram no bar Willie Willie e eu fui vê-los, de repente no meio do show, o Sergio Zaramello falou assim “Um grande amigo nosso está aqui na plateia, ele era vocal do Minotauro, gostaríamos de chama-lo pra cantar um som conosco”. Subi e lá e enrolei a letra de Wrathchild do Maiden e eles emendaram com a Machado Mortal do Minotauro, foi super legal! Deu saudades hein? Só voltei a cantar em 2011 com uma banda de covers de Purple, Sabbath, Kiss, Judas, Uriah Heep, UFO, etc.
Como disse anteriormente, o Minotauro voltou em 2012 e fiquei com as duas bandas, mas recentemente tive que parar com a banda de covers, pois fiquei sem tempo.

HMB: Conte um pouco sobre o aguardadíssimo, EP do Minotauro, vocês gravaram somente músicas antigas? Quando vamos ter material novo da banda?
Carneiro: Nos anos 80 tínhamos material para um disco inteiro, mas o momento era outro, nosso estilo era rápido, melódico com letras épicas. Quando voltamos à ativa, decidimos que daríamos uma nova roupagem as músicas do passado, mesmo porque hoje temos outra cabeça e fomos influenciados por diversas vertentes da musica pesada, decidimos ficar com uma guitarra para dar destaque “na cozinha”.
A primeira coisa que fizemos foi abaixar um tom na afinação das músicas para soar mais pesado ainda, e ficou bacana. Meu estilo de cantar está diferente do passado, mais rasgado com uma extensão um pouco maior e menos melódico. O som da guitarra está bem pesado e valorizando mais as ambiências do que solos rápidos. O mesmo ocorreu com baixo e bateria.
Escolhemos quatro ou seis músicas antigas para fazer essa repaginação.
Não iríamos gravar um EP, mas como precisávamos de um material com mais qualidade para apresentar essa nova roupagem, decidimos escolher quatro músicas e fomos para o estúdio.
No ano passado nos dedicamos ao trabalho de estúdio e novas composições, falar em data é complicado, pois se gera uma expectativa grande, mas pretendemos finalizar a mixagem e masterização o quanto antes.
Infelizmente para complicar um pouco, o Weber teve que fazer uma cirurgia nos ligamentos do ombro e vai ficar afastado por uns meses, estamos aproveitando esse momento para trabalhar no nosso primeiro clipe. As novas músicas estão ficando bacanas, bem na linha dessa roupagem que fizemos para as músicas antigas, e as letras com temas mais atuais.

HMB: Então, apesar do saudosismo, podemos esperar por um Minotauro 2014? Não te assusta saber que as pessoas podem não entender essa "evolução"?
Carneiro: Em 2012 já mostramos um pouco desse Minotauro novo nos shows, mas é óbvio que as pessoas pegaram a emoção do momento, sem contar que o show é diferente do registro de estúdio.
Estamos trabalhando pesado para finalizar nossos projetos o quanto antes, o roteiro do clipe é bem legal e vai remeter a um misto do que a letra da música retrata bem como as locações aqui de São Paulo. Infelizmente, não podemos falar qual é a música do clipe, gostamos de surpresas (risos).
A questão de entender a “evolução” como você disse, é um risco inerente a qualquer trabalho novo, o que realmente queremos, é saber a opinião das pessoas, dos fãs antigos e novos, da mídia, etc.
O que te posso dizer é, que os elementos que colocamos na música têm uma mistura interessante do old-school, metal tradicional e música extrema, aparece tanto nas músicas antigas quanto nas novas. Eu ouço Ian Gillan, Bruce Dickinson, Dio, Jorn Lande, Michael Kiske, Russell Allen, mas também adoro o vocal do Tom Araya, Phil Anselmo e Vitor Rodrigues do VoodooPriest!


HMB: Resuma Luiz Carneiro em uma palavra ou frase.
Carneiro: Lutar sempre, desistir jamais e trabalhar duro!

HMB: Obrigado pelo seu tempo e por nos proporcionar este belo bate-papo, deixe aqui uma mensagem para os nossos leitores.
Carneiro: Eu agradeço mais uma vez por esse convite, quero deixar aqui um grande abraço a todos os Headbangers e leitores do Heavy Metal Breakdown.
Espero que as pessoas possam prestigiar cada vez mais o Metal Nacional indo aos shows, ouvindo as rádios pela internet e acessando sites e blogs como este.
Todos nós sabemos que o Brasil está recebendo uma grande quantidade de bandas do exterior, quem sabe algum dia, com o prestígio do público, o produtores invistam em mais eventos voltados às bandas brasileiras.
”Longa vida ao Metal Nacional”

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