Sandro Silva, um cara concentrado, tranquilo, nascido em Maceió (AL) e criado em
Caruaru (PE), formou o Alkymenia com seus dois irmãos, arriscou tudo
e partiu para conquistar o mundo. Lançou CDs, encarrou a velha e boa estrada, vindo para São Paulo em busca da tecnologia para sua música e também, desbravou
terras internacionais, sempre carregando a bandeira do Heavy Metal brasileiro
com seu Thrash Metal brutal, rápido e muito original. Confira um pouco da história deste verdadeiro
batalhador do cenário nacional.
HM Breakdown: Antes de tudo, obrigado pelo seu
tempo e pro nos dar o privilégio dessa conversa. Agora, nos fale sobre você e
suas atividades.
Sandro Silva: Primeiramente quero agradecer ao Heavy Metal
Breakdown pelo apoio ao Metal Nacional! Sou Sandro Silva guitarrista da banda
Pernambucana, Alkymenia e também desenvolvo atividades de produção musical no
estúdio Datribo.
HMB: Fale como é a cena pernambucana da música pesada?
Sandro: Existem várias dificuldades como em qualquer lugar
do Brasil. Mas é bem forte também! Tem ótimas bandas e o publico realmente
coopera e vai aos shows.
HMB: Vocês vieram para São Paulo para gravar o CD,
"Dark and Nebulous. Como foi o período da gravação e o tempo que passaram
aqui?
Sandro: Foi bem bacana! Viemos em dois períodos, final de
2010 e começo de 2011. Já tínhamos ouvido falar do estúdio e da sonoridade
singular que o Ciero é capaz de reproduzir nos álbuns. Queríamos justamente
soar como uma banda de verdade, ter um som mais orgânico, soco na cara mesmo! Quem
ouve o "Dark and Nebulous" entende o que estou falando. A melhor
coisa que fizemos foi ter gravado esse álbum aqui em São Paulo a banda evoluiu
bastante depois dele.
HMB: Qual foi a
repercussão do CD?
Sandro: Foi muito boa! Depois que lançamos o CD tocamos em
vários eventos e festivais importantes do Brasil. Pena que não tivemos uma boa
distribuição e também fomos bastante prejudicados pela empresa que ficou
responsável pela prensagem do mesmo que praticamente, cagou na arte gráfica e
em outros aspectos do CD.
HMB: Como foi participar do Wacken Open Air Metal Battle como
representantes do seu Estado?
Sandro: Fomos pegos de surpresa! (risos) a primeira seletiva
foi em Recife. Nós e mais quatro bandas de Recife e cidades vizinhas íamos
disputar uma vaga na final que aconteceria uma semana depois no Rio de
Janeiro. Foi nosso primeiro show na capital estávamos bastante tensos! (risos)
No final das contas tudo deu certo vencemos essa seletiva regional e uma semana depois
estávamos no Rio de Janeiro disputando a seletiva nacional com mais onze bandas
do Brasil inteiro. Foi uma ótima experiência! Fizemos vários contatos e amigos
e percebemos o quanto o país é rico em termos de Heavy Metal.
HMB: Vocês já tem uma turnê pela Europa na bagagem, qual foi
a aceitação da banda por lá e que lembranças você tem dessa viagem?
Sandro: A galera tem uma admiração e um carinho todo
especial as bandas Brasileiras! Tivemos uma ótima resposta do publico europeu a
turnê percorreu vários países e conhecemos pessoas fantásticas. Já recebemos
propostas de retorno, talvez em 2015 iremos para lá novamente.
HMB: Mas você
acredita que uma banda precisa estar no eixo Rio/São Paulo para ter mais
chances de divulgar o seu trabalho?
Sandro: Acredito que sim! Na realidade o melhor a fazer é
sair da zona de conforto e almejar novos voos.
O eixo Rio/São Paulo é bastante rico em termos de informação você está
bem perto de tudo que acontece.
HMB: Como você lida
com a internet e mais precisamente, com as redes sociais? Acha que é uma
ferramenta fundamental para a divulgação do seu trabalho?
Sandro: Com toda certeza! É muito importante! As redes
sociais tem um papel fundamental na divulgação do seu trabalho. Tudo que
acontece com a banda, fazemos questão de postar. Esse lance de interagir com a
galera que curte seu som, é muito bacana.
HMB: Mas temos o outro lado da moeda também, já que muitos
usam do anonimato da rede para desmerecer o trabalho das pessoas, você já
passou por isso?
Sandro: Sim, diversas vezes. Esse tipo de gente é o que mais
rola. Se esconder por traz da "telinha" é fácil, difícil mesmo é
fazer um trabalho bacana e sincero com você mesmo porque isso tem que ter
batalha, dedicação e essas pessoas gastam o tempo delas escrevendo essas besteiras.
A maioria delas tem medo de falar suas opiniões pessoalmente. Cara a cara. O
que devo falar? Ridículo! (risos).
HMB: Como anda a
estada do Alkymenia em São Paulo? Estão desenvolvendo algum trabalho específico
por aqui, ou pretendem se fixar em São Paulo?
Sandro: Está tudo correndo bem! Estamos em processo de
pré-gravação do novo CD da banda! Nossa intenção é ficar aqui em São Paulo
mesmo.
HMB: Como está sendo
essa mudança para um grande centro? Já se adaptou a correria do dia a dia?
Sandro: Já estamos bem adaptados! A cidade é frenética. Muita
coisa acontecendo o tempo todo. Tentamos nos manter atualizados em acompanhar
toda essa movimentação típica daqui. Buscávamos justamente essa
"correia" de cidade grande. Esse turbilhão de coisas acontecendo,
barulho dos carros, cidade que nunca dorme. Isso nos inspira!
HMB: Como é conviver
com mais dois irmãos no dia a dia, e mais, como descreverias as facilidade e
dificuldades em se ter uma banda “familiar”?
Sandro: Legal que estamos sempre bem entrosados musicalmente
falando. É ótimo tocar com meus irmãos eles aceitaram encarar a vida na estrada
e abrir mão de tudo por um único propósito! Sinto-me privilegiado. Porém também
temos nossas diferenças e desavenças.. Mas se colocarmos tudo isso numa balança
o lado positivo fala bem mais alto.
HMB: E como sua
família vê isso?
Sandro: A nossa mãe sempre nos apoiou! Apesar da saudade que
ela sente quando estamos viajando. Ela fala que é como se faltasse um pedaço
dela quando estamos longe. Lembro-me do meu primeiro violão que ela me deu aos
14 anos de idade quando eu ainda não trabalhava e tomava conta dos meus irmãos
mais novos pra ela trabalhar. Aprendemos com ela, saber esperar as coisas,
batalhar e sempre correr atrás dos nossos sonhos.
HMB: Você acha que o
apoio familiar é fundamental para quem quer seguir uma carreira como músico?
Sandro: É bacana esse apoio se for verdadeiro como no nosso
caso. Mas creio que mesmo se não tivéssemos, lutaríamos para conseguir nossos
objetivos do mesmo jeito. Isso já faz parte da gente! Quando sonhamos com algo
temos o combustível pra percorrer o caminho não importa quantos obstáculos
tenham, manter o foco isso sim é fundamental!
HMB: E os shows? No
seu modo de ver falta público, banda ou organização?
Sandro: Creio que estamos passando por uma transição. O
impacto das redes sociais, gravadoras quebrando, pirataria e etc. O público está
consumindo música de outra maneira agora. Cabem às bandas independentes
desenvolverem mecanismos para se destacar nesse meio. Ótimas bandas e publico é
o que mais temos. Acho uma tremenda merda o sujeito reclamar da
"cena". Que tal melhorar a banda? Porque não lançar um bom material?
O que é que eu como músico/banda preciso fazer pra ganhar atenção do publico e
da mídia? Produtor picareta tem em tudo quanto é lugar. Se você não tem
publico, se os shows estão ruins, a culpa é inteiramente sua! Esqueceu que
damos a cara pra bater quando subimos num palco ou quando decidimos encaram os
percalços dessa profissão?
HMB: Planos para o futuro?
Sandro: Lançar material novo e cair na estrada passando por
lugares que ainda não tivemos a oportunidade de passarmos.
HMB: Resuma Sandro Silva
em uma palavra ou frase.
Sandro: Perseverança.
HMB: Obrigado pelo
seu tempo e por nos proporcionar este belo bate-papo, deixe aqui uma mensagem
para os nossos leitores.
Sandro: Obrigado pela entrevista. Fiquei lisonjeado com o convite!
Sempre acompanho o blog. Abração aos leitores e aos que compõe o Heavy Metal
Breakdown!
Foda mano... Além de Humilde toca muito e entende do que fala o/ sandro parabéns e sucesso sempre o/
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