quinta-feira, 15 de maio de 2014

Ricardo Batalha, orgulho em ser do Metal


Redator chefe da maior publicação voltada ao Heavy Metal e Classic Rock de nosso país, a revista Roadie Crew, e um fã incondicional de Heavy Metal, Ricardo Batalha nos concedeu essa entrevista e deixou bem claro, que desde a infância, o seu negócio era a música, em especial o Heavy Metal, confiram a seguir:

HM Breakdown: Olá Ricardo Batalha, obrigado pelo seu tempo e por nos dar o privilégio dessa conversa. Agora, nos fale sobre você e suas atividades.
Ricardo Batalha: Estou na revista Roadie Crew desde 1996 e este ano passei a trabalhar na ASE Press, empresa fundada em 1991 e que atua na área da comunicação social, com especialização em assessoria de imprensa. Nesta área, fui um dos fundadores da Brasil Music Press, onde fiquei de 2004 a 2013. Além disso, venho colaborando ao longo dos anos para diversos veículos de mídia ligados ao Heavy/Rock, como Up All Night, Heavy Nation, Rock Forever, Stay Heavy, Maloik, Shock Box, Metal Militia, Território da Música, entre outros. O Walcir Chalas e o pessoal do programa Antena 666 me convidou para participar e aceitei, mas ainda não fiz minha estreia por lá. No passado, fui roadie da banda Angra ("Holy Land Tour" - 1996/1997), toquei em algumas bandas e cheguei a produzir alguns eventos, como o projeto "Peso Brasil".

HMB: Você é um cara atuante no cenário desde os anos 80, tendo inclusive filmado diversos shows, como Vodu e Minotauro no Teatro Mambembe, Conte-nos como eram aqueles tempos?
Batalha: Nos anos 80 eu era apenas fã, o que é muito diferente de trabalhar profissionalmente. Eram todos amigos, parceiros, que se ajudavam mutuamente para conseguir criar um cenário. Eu também queria fazer algo que pudesse ajudar as bandas e que me fizesse começar a trabalhar no meio. Não consegui espaço para entrar na revista Rock Brigade ou na mídia do Rock que havia até então, e comecei a editar meu primeiro fanzine, o DeathCore. Naquela época, também estava tocando bateria na banda Cizânia. Foi então encontrei um meio para conseguir me infiltrar na cena do Metal: as filmagens de shows. Eu nem sei contar todas as bandas que filmei,mas foram muitas, entre elas: A Chave do Sol, Centúrias, Sepultura, Viper, Korzus, Ratos de Porão, Vulcano, Dorsal Atlântica, Salário Mínimo, Vodu, Minotauro, Anthares, Angel, MX, Exhort, Necromancer, Desaster e Golpe de Estado. Desta forma, pude ver o nascimento de bandas que se tornaram grandes expoentes do Heavy Metal brasileiro, casos do Sepultura e Viper, por exemplo. Algumas destas filmagens entraram nos DVDs lançados pelo Viper ('20 Years Living for The Night'), RxDxPx ('Guidable – A Verdadeira História do Ratos de Porão') e Korzus ('Video História').

HMB: E você ainda tem esse acervo, qual a possibilidade disso ser lançado um dia?
Batalha: Eu filmava para as bandas e não para mim. Algumas filmagens saíram, como disse, nos próprios DVDs lançados e outras rodam por aí no YouTube. Algumas estão com o Micka para o documentário 'Brasil Heavy Metal'.

HMB: A imprensa especializada sempre foi o seu foco? Como se deu a sua entrada na Roadie Crew?
Batalha: Sim. Sempre conto a história da minha entrada na Roadie Crew, que é curiosa. Eu tinha ido ao Black Jack Bar (SP) para ver um tributo ao Black Sabbath e abertura ficou a cargo de uma banda chamada Cicatrix. Como não gostei do cover do Sabbath, mas curti bastante o som do Cicatrix, resolvi falar com o pessoal da banda. Fui pedir o material deles para divulgar no fanzine Silent Rage, que eu fazia com meu irmão, o jornalista Frederico Batalha. No final, o baterista era o Claudio Vicentin, editor do então fanzine Roadie Crew, e o baixista era o Rodney Christófaro, primo do baterista Amilcar Christófaro (Torture Squad), antigo diagramador e membro da equipe, que depois criou o programa Maloik. Eles me passaram o material do Cicatrix para o Silent Rage e, tempos depois, como já havíamos formado uma amizade, fui para o então fanzine Roadie Crew.


HMB: Lembro-me de que no inicio da revista a periodicidade era bimestral, mas logo se tornou mensal. E de lá para cá só cresceu. Em que momento o fanzine Roadie Crew se tornou uma revista?
Batalha: O fanzine Roadie Crew sobreviveu com periodicidade irregular, mas a resposta dos leitores foi crescendo. Começar e dar vida a uma publicação que vinha como fanzine não foi tarefa fácil e muitos desdenhavam de nosso potencial – bem, até hoje desdenham, né? (risos) No final de 1997, surgiu a Roadie Crew Editora Ltda., constituída para possibilitar a profissionalização da revista, coincidindo com o lançamento do site www.roadiecrew.com. Então, em maio de 1998, saiu a ed. # 09, a primeira a ter distribuição em todo o território nacional e a partir da ed. # 15 (maio, 1999) passou a ter todas as páginas coloridas. A frequência bimestral durou até a ed. # 25, quando passou a ser publicada mensalmente.

HMB: Nós sabemos que a sua paixão pelo estilo vem desde sua infância. Como é para você poder viver exercendo sua profissão dentro da sua paixão?
Batalha: Minha paixão vem desde a passagem de 1979 para 1980, quando ouvi o 'Volume 4' do Black Sabbath e descobri o Heavy Metal. É um prazer pode viver disso, mas saiba que atrapalha o lado fã. Você não olha nada mais apenas como fã, nem querendo. A postura muda e a empolgação também.

HMB: Como você vê a crescimento dos blogs e sites voltados ao Heavy Metal?
Batalha: Isso não é de hoje, já vem ocorrendo faz tempo. A internet é uma ótima ferramenta de divulgação. Espero que cada um tome consciência do seu valor individual para continuar trabalhando e criando material inédito. Gosto de quem tem aquela velha produção braçal, que sai em busca da informação e cria algo. Copiar, traduzir e colar o que vem de fora é muito fácil.


HMB: Você organiza o Super Peso Brasil, qual é o intuito desses eventos? Como tem sido a resposta do público?
Batalha: Organizei o projeto 'Peso Brasil' no ano passado. Surgiu por meio de uma ideia proposta pelo proprietário do Manifesto Bar, Silvano Brancati. Ele sugeriu a criação de um evento que fosse destinado somente às bandas autorais. Como sempre me dizem que faltam espaços para bandas autorais se apresentarem, criamos este projeto. O festival 'Super Peso Brasil' foi o 'grand finale', um evento que ajudei a fazer pelo simples fato de poder homenagear bandas pioneiras do Metal brasileiro. O intuito foi dar o nosso 'muito obrigado' aos que abriram caminho para o que temos hoje. A resposta do público no 'Super Peso' foi ótima e em breve as pessoas poderão ajudar a viabilizar um DVD deste dia tão especial através de uma campanha de financiamento coletivo que será feita. Apesar de ser questionado quase que diariamente, não tenho intenção de fazer outros.

HMB: Vemos que muitas bandas hoje, reclamam da falta de público nos shows das bandas autorais, qual é a sua visão disso?
Batalha: As bandas reclamam porque é a mais pura realidade. Existem exceções, mas posso falar com propriedade, pois o próprio projeto 'Peso Brasil' teve uma resposta muito fraca de público e por isso foi abandonado. Não pretendo fazer outros.

HMB: Hoje as bandas lançam álbuns quase perfeitos, o Brasil tem músicos muito acima da media, o que nos deixa tranquilos em relação a qualidade, mas as bandas ainda não emplacam seu trabalho. Será que na busca por essa qualidade técnica e musical, deixamos passar ou perdemos algo que ainda não reencontramos? Digo isso, porque na década de 1980 apesar da precariedade dos equipamentos e do cenário Heavy Metal ser movido em 98% pela paixão das pessoas, era certeza de se fazer qualquer evento ou lançamento e ter o devido reconhecimento disso.
Batalha: Não concordo que as bandas estão lançando álbuns quase perfeitos porque isso vai de acordo com o gosto e a percepção de quem escuta e analisa. Mas se você quis dizer de qualidade sonora e gráfica, aí eu concordo. Ocorre que, como sempre falo, música não é só música. Existem diversos outros fatores que influenciam. Se você tem um produto bom mas não tem o resto, vai continuar estagnado. Veja, tem gente que não sabe nem falar e escrever direito o português,mas coloca suas letras em inglês querendo buscar um lugar ao sol no exterior. Deixamos passar muita coisa! Sobre paixão, ela existe sim e isso não mudou – lembre que muitos pioneiros que saíram de cena ainda são apaixonados pelo Metal mas não tocam mais. Se você quer dizer que era somente por paixão que o público comparecia aos shows em massa nos anos 80, essa mesma paixão move todos que vão aos shows, mas aos internacionais. A turma nos anos 80 realmente queria estar lá e queria fazer parte daquilo. O intuito era o entretenimento mas, de repente, se criavam amizades que duram até hoje. Não dá nem para começar a comparar porque as bandas internacionais não tocavam com frequência no Brasil e não havia tantos lançamentos diários de discos de bandas nacionais. Você acha que se saísse um 'SP Metal' hoje ele seria alguma coisa?

HMB: Sim, quis dizer da qualidade sonora e gráfica! Não, com certeza que um SP Metal, lançado hoje, não teria o mesmo peso que teve. Mas então, porque hoje, vemos essa celeuma entre bandas e público, seria o excesso de ofertas?
Batalha: Excesso de ofertas e os muitos shows internacionais ao mesmo tempo. Afora isso, daqui a pouco parece nem público mais vai ter; todo mundo vai ser músico, ter bandas e lançar discos. (risos) Sabe como se criaram as cenas do Thrash da Bay Area, do Hard de Los Angeles, do Death Metal da Flórida, do MetalCore? Como músicos comparecendo aos shows de outras bandas, interagindo e fazendo amizades. Aqui, muitas bandas que lançam seu material e querem presença de público em seus shows são 'fantasmas' que se trancam em casa e não saem para prestigiar os outros. Existem exceções, claro, mas muitos não comparecem em nada. Bem, devem comparecem, mas em megashows porque nos pequenos eu até sei os que sempre vão e prestigiam.


HMB: Eu sempre digo que tem que ter união, que se as bandas se juntarem com o intuito de melhorar a qualidade das apresentações e a qualidade do que é dado ao público, é possível que esta situação se reverta. Será que num futuro próximo, se encerrarão os shows de bandas autorais, pelo menos em São Paulo?
Batalha: Não, nunca. Sempre haverá gente furando os bloqueios e criando espaços na marra como víamos nos anos 80, quando tínhamos shows em quadras de escolas, teatros, praças públicas, bares etc. Tudo bem que espaços de péssima estrutura vão prejudicar a qualidade do show e as bandas não vão ter o retorno esperado a longo prazo, mas nunca se encerrarão shows de bandas autorais.

HMB: Como era lado musical em sua casa na infância?
Batalha: Música era algo sagrado em casa, mas apenas por diversão. Sempre convivi com aparelhos de som e instrumentos dos mais diversos ao meu lado. Meu primeiro presente sério foi uma vitrolinha! (risos) Meu pai foi advogado da Odeon e levava pilhas e pilhas de discos diversos para casa – numa dessas caixas que estava o sagrado 'Volume 4' do Sabbath. Minha mãe curtia Elvis, Bill Haley & His Comets e, afora esses mestres do Rock'n'Roll, o único artista em comum de Rock que gostamos é o David Lee Roth. Já o lance musical do meu falecido pai era outro. Acho que a única música que ele elogiou de Metal e me pediu para voltar e ouvir de novo foi a 'Kill You First' do Exhort. Ah, e lembro que as únicas fitas que ele pediu para deixar no carro dele para ouvir foram uma do Marillion e uma de som instrumental do guitarrista Gary Hoey. De resto, era aquela coisa de Bolero, Seresta, MPB, Música Italiana, Disco Music, etc. Ah, ele curtia muito cantores como Frank Sinatra e Charles Aznavour. E falava bem do Rod Stewart. (risos)

HMB: Então, sua ligação com a música e esta bagagem toda, desde a infância foi o que te motivou a ser um jornalista voltado a música, e pelo seu gosto pessoal, um jornalista especializado?
Batalha: Não, porque a ligação com esportes era muito maior. A música era uma diversão e esporte era visto como uma coisa bem mais séria pelo meu pai. Joguei Basquetebol por muito tempo! Coincidentemente, quando comecei a ouvir Heavy Metal com o 'Volume 4' do Black Sabbath, estava na escolinha do E.C. Sírio que, em outubro daquele ano (1979), se tornou campeão Mundial de Clubes – era a Copa Intercontinental William Jones. Eu acho que nunca vibrei tanto na vida como naquela final contra o Bosna Sarajevo no Ginásio do Ibirapuera. Imagine um moleque de 10 anos de idade começando a aprender Basquetebol vendo os ídolos campeões mundiais treinando no ginásio ao lado. Aquele time, comandado pelo Cláudio Mortari, tinha 'apenas' Marcel, Marcelo Vido, Oscar, Marquinhos, Dódi, Agra, entre outros. Além do EC Sírio, também joguei no CA Monte Líbano, CA Pirelli, Clube Paineiras do Morumby, Ipê Clube e ACM-Guarujá. Entretanto, eu costumava acompanhar o meu pai em algumas visitas aos clientes do escritório de advocacia. Certa vez, em uma reunião numa gráfica que passava por dificuldades e estudava a possibilidade de entrar com pedido de Concordata Preventiva, o dono me perguntou o que eu mais queria fazer na vida. Respondi que queria fazer uma revista de Rock e ele me deu uma espécie de boneco, pedindo que rabiscasse meu projeto. A capa da revista imaginária seria o Black Sabbath. O Basquetebol era a maior paixão, mas como me contundia seguidamente não foi possível seguir no esporte profissionalmente como meu pai desejava. Logo, aqui estou.


HMB: Como foi a reação dos seus pais?
Batalha: Meu pai não viu porque eu trabalhava no escritório dele até ele falecer, mas posso afirmar que todos ficaram decepcionados quando abandonei o Direito – ficaram, ficam e ficarão. Mesmo tendo em mãos um diploma de Direito, acabei abandonando a área e fui atrás do que sempre quis. Passei a fazer colaborações em diversas outras publicações, jornais, sites e programas de rádio. Profissionalmente, a primeira coisa que fiz após deixar a advocacia foi ser roadie do Angra.

HMB: E ao contrário do que as pessoas pensam, não tem nada de fácil dentro de uma redação, concorda?
Batalha: Impossível discordar. As pessoas pensam isso porque pegam o produto final. Resumindo: não tem nada fácil quando se trabalha com Heavy Metal no Brasil. Nada.

HMB: Você desenvolveu uma forma de escrever toda sua, e na minha opinião, você e o ACM são os caras que identificamos pelo texto. Qual foi o seu caminho até chegar ai?
Batalha: Ter estilo requer muita prática. Claro que quando releio algumas coisas que escrevi no começo fico até com vergonha, mas é 'batendo cabeça' e praticando que se consegue. O principal de tudo é ter interesse e foco.

HMB: Você é um cara associado ao Hard Rock, mas sabemos que gosta de ouvir de tudo. Diga o que vamos encontrar no seu player.
Batalha: Antes fosse associado ao Hard Rock! (risos) Sou associado ao Metal dos anos 80. Na verdade, em tudo daquela época! (mais risos) Mas não vejo a hora de botar o programa Up All Night no ar. Não falam tanto 'você trabalha com o que gosta'?... Pois bem, gosto de Hard Rock e este programa que irá ao ar na web rádio Metal Militia será só disso. Sobre o meu player, bem as pessoas vão encontrar 80% ou mais de Hard Rock em todas as épocas – mais anos 80 até meados dos anos 90 –, e muito Heavy Tradicional, NWOBHM e Thrash Metal. Do resto, irão ouvir coisas de Prog Metal não 'mainstream', Gothic e muitos sons do Celtic Frost. (risos)

HMB: Então me diga, o que achou dos CDs do Triptykon?
Batalha: Eu acabei de entrevistar o Tom Warrior, ou Thomas Gabriel Fischer, sei da genialidade dele, sei que ele sempre foi vanguarda, mas eu simplesmente não entrei ainda nesta vibe tão doom, melancólica e insana do Triptykon. Eu tenho o primeiro CD aqui, mas escutei poucas vezes. O Roger Lombardi, vocalista do Goatlove, não se conforma quando falo isso, mas acho que ainda não estou preparado psicologicamente para entrar nessa 'vibe'. Como falei, escuto muito Hard Rock, e simplesmente não consigo escutar esse som denso e brutal do Triptykon, porque ele coloca a gente tão pra baixo que fica complicado voltar da 'viagem'. Por outro lado, toda semana eu escuto pelo menos alguma coisa do Celtic Frost. E faço isso desde os tempos do zine DeathCore e do lançamento do 'Morbid Tales'. (risos)


HMB: Eu ainda não consegui parar de ouvir este mais recente CD do Triptykon. Já está no meu player há algumas semanas. Você tem outra banda que seja obrigatória, como o Celtic Frost?
Batalha: Black Sabbath, Judas Priest, Accept e Ratt.

HMB: Alguma banda te impressionou ultimamente?
Batalha: Não entro muito na onda das 'modinhas', mas gosto de estar antenado em tudo. Das novas, eu vou mais para o lado do Hard Rock e Thrash, porque de Metal Tradicional a coisa não está tão boa assim. Tem muito Speed Metal e Stoner, mas aquele Metalzão clássico está complicado. Dos álbuns lançados este ano eu curti os novos do Prong, Winger, Gotthard, H.E.A.T, Ron Keel, Skintrade, Steel Panther, Vanity Blvd, Hatriot e Three Lions. Achei muito legal uma banda chamada Helldorado e curti que o Jake E. Lee está de volta à ativa com o Red Dragon Cartel. Uma banda que me impressionou no ano passado foi o Duskmachine, mas ninguém deu bola. Ainda do ano passado, curti os novos do Black Sabbath, Flotsam and Jetsam, Artillery, Blitzkrieg, Death SS, Fates Warning, Queensrÿche (dos músicos, não o do Tate), Gama Bomb, Metal Church, Stryper, Suicidal Tendencies, Syron Vanes, Tad Morose, Tom Keifer, Trouble, Voivod, Vulcano, W.E.T., Onslaught, Rattus, Satan, Saxon, Sodom... Ah, teve ainda Black Star Riders, Snakecharmer e o disco do saudoso Fergie Frederiksen. Da linha que chamam de Metalcore eu curto Parkway Drive e o Project 46. Mas se quiser conversar sobre Avenged Sevenfold, Lamb Of God, Killswitch Engage e afins é melhor você entrevistar outros da Roadie Crew. Eles são dessa turma e eu não. (risos)

HMB: Então você não é um entusiasta desse Heavy Metal moderno?
Batalha: Sou entusiasta do Metal em geral, mas escuto em casa e acompanho mais de perto o que me agrada.


HMB: Planos para o futuro?
Batalha: Seguir meu trabalho na ASE Press e ampliar a estrutura da empresa. O resto é aquela correria diária que todos sabem bem. Também gostaria de parar um tempinho para conseguir clarear minha cabeça e começar a escrever um livro sobre o Metal brasileiro ou algo relacionado a isso. Mas eu sou da Roadie Crew, então ainda não deu para dar esta parada. (risos)

HMB: Resuma Ricardo Batalha em uma palavra ou frase.
Batalha: Orgulho em ser do Metal.

HMB: Obrigado pelo seu tempo e por nos proporcionar este belo bate-papo, deixe aqui uma mensagem para os nossos leitores.
Batalha: Valeu você! Espero que siga produzindo material próprio e vamos em frente, sempre batendo a cabeça.


3 comentários:

  1. Bacana a entrevista!
    Lembra como eram os fanzines de antigamente quando os próprios zineiros entrevistavam uns aos outros. Saudades daquela época!

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  2. Esse é o Batalha! Na minha opinião, um patrimonio da cena nacional!

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